Naquela manhã magnífica,
o mar parecia calmo, suas formas e relevo o faziam transmitir a paz mais
essencial ao coração. Suas águas esverdeadas refletiam o sol como o brilho de esmeraldas.
As areias amareladas aqueciam os pés, pura massagem. No aroma que a brisa
trazia do oceano, havia o frescor de algas e também o perfume do sal,
inesquecível como o próprio sabor.
Os peixes surfavam as
ondas como se fossem parte dela, e, na verdade, eram uma união de se admirar. A
harmonia estava presente, em quase todos os sentidos, no toque, no olfato, na
visão e na audição, tudo estava conexo, como em uma linda sinfonia.
Foi então que os ventos
mudaram, as águas se agitaram e uma cor caramelizada tomou conta do mar. Ao
redor já não havia brisa nem frescor. A fúria da natureza roubou a harmonia, no
entanto, a beleza apenas se modificou. O sol se escondeu, o cinza prevaleceu.
Um novo quadro surgiu, a tempestade trouxe consigo uma névoa branca e aconchegante.
Em uma manhã, duas
verdades em um mesmo local. Duas percepções que podem mudar a direção de uma
história.
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