Hora mística

 

No pálido horizonte.

A penumbra insiste em governar.

Ela toma para si os ventos, os tons e os raios.

Tão frágeis que se despendem.

Para o pôr do sol se entregar.

Horizonte tão plano e reto.

Geometria simples como o mar.

Nuvens se despontam.

Como figuras a desvendar.

Aconchegam-se entre cores.

Azul-celeste e o azul do mar.

Pássaros se unem.

Melodias a vibrar.

Voos rasantes e ensaiados.

Para nossos olhares conquistar.

A penumbra e sua arte.

Com maestria, tem o céu para ornamentar;

Entre vento, nuvens, brisa e o ar.

A penumbra,

O pôr do sol,

Uma hora mística…

O crepúsculo,

Há quantos ainda irá encantar?




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