Ao entardecer, houve expectativa.
Abri os braços sobre os ventos.
O frio feriu a carne.
Deu início a um gélido desalento.
A chuva não demorou.
Congelante, ela me atingiu em cheio.
O inverno me tocou de um jeito;
Que a força do frio me tornou alheio.
Quem sabe sobre o amanhã?
Talvez o sol ainda apareça.
Quem sabe, ressurja sem desejo.
Para que a existência floresça.
Além do sol tão desejado.
Quem trará o amor para essas vidas?
Para assim acalentar os desejos da alma.
Daqueles que tiveram as suas emoções perdidas.
O outono deixou marcas.
Que merecem ser esquecidas.
A dor não virou a página.
Página amarelada de tão antiga.
As folhas caíram por ti.
O inverno nos abraçou.
Ventos e mares se uniram.
Para mim, entre nós, nada mudou.
Meus olhares eram os teus.
Como as músicas que alegravam.
Apesar das flores que se abriram;
Na escuridão, a sua fé se perdeu.
Teu olhar sempre distante.
Navegante em outro oceano.
Seu sorriso sem qualquer brilho.
O amor pereceu em seu mundo insano.
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