Às vezes, deixar de
lado é saudável e necessário, não somente para a saúde física, como também para
a saúde emocional e espiritual. As tarefas e afazeres do cotidiano causam uma
prisão invisível em um sistema que consiste apenas em medir resultados. Você se
torna números, metas, cobranças, medos e, por fim, insuficiente. O tempo é
implacável, ele passa, apenas passa.
Quem eu quero ser no futuro? Diante da questão, muitos afirmarão que as suas tarefas corriqueiras, sejam no trabalho ou em casa, são a ponte que os levarão a esse futuro, contudo, se a resposta for outra, fica uma reflexão sobre o que realmente importa. O amor-próprio precisa ser descoberto e não confundido com o egoísmo.
Qual a importância do tempo utilizado com cada tarefa, da concretização das metas ou o que poderia ser feito de melhor? Se não existe o conhecimento próprio, quando iremos usar o tempo a nosso favor, reflexões para novas conquistas emocionais, sem querer ser o melhor, mas se tornar simplesmente melhor. Amar mais aqueles que fazem parte da nossa vida, aprender com as derrotas, investir naquilo que fortalece, aceitar as limitações com humildade e buscar novos rumos com sabedoria e verdade.
Aceitar as verdades escondidas e abolir as mentiras que iludem tanto o
físico quanto o emocional, serão os primeiros passos para deixar a prisão. A
dedicação a si com o intuito de se conhecer um pouco mais, buscar o equilíbrio,
sem críticas, usando apenas a compaixão pelo que se é realmente. Isso revelará
novas perspectivas sobre o tempo que nos envolve, sobre as prisões invisíveis,
os valores invertidos e, aos poucos, surgirá uma forte necessidade de
reconstruir o que somos, para então vivermos o que realmente importa para cada
um.
Publicação jornal Fatos & Notícias 29/08/2024.
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